A gestão financeira tem um importante papel na existência de uma empresa, é fundamental que haja um acompanhamento pelo gestor através de relatórios gerenciais que demonstrem claramente a saúde financeira e gerencial da empresa.

Diversas vezes há por parte dos empresários questionamentos para àqueles que realizam o trabalho contábil sobre a obrigatoriedade de envio de extratos financeiros e informações sobre saques em espécie, assim como é fato que muitos se negam a entregar tais documentos.

Sem a entrega de documentos bancários é impossível aferir a realidade financeira e até mesmo constatar um colapso, tecnicamente esses empresários ocasionam uma confusão patrimonial em que através de movimentações sem lastro entre pessoa física e jurídica, assim como pessoas jurídicas, o seu próprio patrimônio pessoal do empresário poderá ser afetado.

O planejamento estratégico, seja na esfera financeira, vendas ou financeiro é fundamental, pois através de tais planejamentos são traçados objetivos a serem atingidos, bem como mediante lançamentos mensais são realizadas intervenções que direcionam a empresa para o sentido correto, evitando prejuízos.

Inúmeras vezes quando o empresário se depara com um problema financeiro sua primeira reação é buscar no próprio banco recursos para suprir sua falta de planejamento, pagando elevados valores a título de juros que algumas vezes chegam a 8% (oito por cento), esse é o preço que se paga pela falta de gestão.

Não importa se o empresário é um MEI (microempreendedor individual) ou uma empresa por cotas de participação, planejamento é segredo do sucesso, é impressionante que o sucesso de uma empresa está diretamente ligado a forma que planeja e executa suas atividades.

Atos simples como dividir contas entre pessoa física e jurídica já são um excelente começo, pois é através de tal divisão que podemos começar a verificar se a empresa é realmente rentável, não mascarando uma realidade ou como popularmente se diz “tampando o sol com a peneira”, pois certamente chegará um dia que não haverá mais capital para bancar a pessoa física, invariavelmente ocasionando o encerramento da pessoa jurídica.

Não se trata de realizar um micro gerenciamento, pois o gestor não precisará efetivamente realizar os atos, mas ter uma tomada de decisão com base em elementos e dados mensuráveis, sendo indispensável que um contador faça a orientação técnica para interpretação de dados.

Já não há mais espaço para empresas de contabilidade que apenas enviar uma guia para pagamento no final do mês, pelo contrário, participar do crescimento e auxiliar no momento de turbulência do negócio são requisitos fundamentais na atual economia de mercado e também na verdadeira assessoria contábil.

Sylvio Alkimin

Sylvio Alkimin

Sylvio Alkimin é advogado tributarista e contador com mais de uma década de experiência na área jurídica e contábil, assim como 12 anos de experiência na área comercial e de engenharia.